Episódio 8

Temporada Álbum de recordação BSB

Saburo Onoyama em Taguatinga – EP8 | Dazumana #54

Quem topa um passeio por entre as árvores com direito a piquenique? Junte-se a nós neste episódio sobre o Parque Ecológico Saburo Onoyama em Taguatinga. Quem nos acompanha nesse tour é a especialista em Ecoturismo Eliane Wirthmann. Ela relembra a monografia e conta como esse espaço continua passando por mudanças. Vamos escutar as sugestões dela para a preservação desse bem cultural e ecológico.

Sobre o episódio

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Juliana: Olá, este é um novo episódio do Dazumana da temporada Álbum de Recordações BSB. E o passeio hoje vai ser bem agradável com sombra, piquenique, trilha e até uma partida de vôlei

Leyberson: isso mesmo. Essas atividades são possíveis porque a gente vai visitar o parque ecológico que tem um nome oficial de Saburo Onoyama, que fica lá em Taguatinga, mas pode ser chamado de Perereca. Vai quem quer. Bom, quem conhece sabe do que eu tô falando. Eu, por exemplo, gosto de frequentar o lugar ou gostava, mas assim na adolescência e em escola e acho que os pais estão sempre bem-vindos, por exemplo, de Taguatinga ou de outras regiões administrativas do DF

Juliana: apoiado, e quem nos acompanha nessa caminhada é a Eliane Wirthmann. Olá Eliane, tudo bem?

Eliane: Olá, olá, Juliana. Olá Leyberson e aos ouvintes do podcast Dazumana.

Leyberson: Olha, espero que eu não tenha ofendido trazendo esses nomes mais populares lá do Parque, viu? A gente começa com o nosso ritual de leitura do lattes da Eliane que tá aqui com a gente. Ela é uma colega jornalista também formada pela Universidade Católica de Brasília e especialista em ecoturismo pela Universidade de Brasília, ela foi parte da primeira turma de ecoturismo formada pelo Centro de Excelência em Turismo da UnB. A sua monografia intitulada Parque Ecológico “Saburo Onoyama: conhecer para preservar” conduz a nossa conversa de hoje. É isso mesmo, Eliane, faltou alguma coisa ou algum nome aí para o parque?

Eliane: É isso mesmo. É o famoso vai quem quer, né?

Juliana: Eu sempre inauguro com uma mesma questão para todos os nossos entrevistados que é entender porque que você quis pesquisar um item, um lugar que faz parte do nosso patrimônio

Eliane: primeiro porque era pertinho da minha casa, eu nasci, cresci ali naquela região e tinha curiosidade de entender que lugar é aquele onde é que eu tava, para onde eu ia e achava um lugar bonito e abandonado. Isso me incomodava muito também era outro aspecto. Eu tinha, me incomodava como um lugar tão bonito pode estar tão abandonado?f E foi daí que veio essa necessidade de conhecer, entender Aonde é que eu tava

Leyberson: E você morava perto ali, então foi um lugar perto, você teve uma infância na adolescência de convívio neste ambiente?

Eliane: Tive. Morei ali perto desde pequenininha, morei 35 anos. Nasci e já fui para lá. Brincava de andar de bicicleta, brincava nas quadras, jogava queimada. Era uma época assim que a gente vivia livremente pelas ruas, né muito diferente de hoje assim naquela época, eu me lembro de sair de casa meus pais sem nenhuma preocupação, tipo passava o dia inteiro na rua brincando criança, andava no parque sempre limites, sem horários era uma época muito gostosa assim o contrário de hoje. Eu tenho dois filhos pequenininhos e eu não consigo imaginar se deixar crianças infelizmente como foi a infância da gente, livre brincando na rua

Juliana: E para quem não conhece o parque você consegue localizá-lo pra gente e falar como que ele surgiu?

Eliane: O parque fica lá abaixo da Avenida Samdu sul, para quem vem ali no caminho da Igreja Nossa Senhora de Fátima. O Parque, na verdade, foi criado oficialmente em 1996 por um decreto, mas a história dele é muito anterior a isso. Pelo menos eu encontrei registros da década de 50 que já se planejava alguma coisa naquela região. E na década de 50 então disse a história o que eu encontrei nessa pesquisa, foi que o JK uma pessoa em trazer a capital do Rio para Brasília, procurou um Botânico e agrônomo o Saburo Onoyama, e ele foi enviado pelo imperador do Japão para o Brasil na década de 50 para auxiliar esse processo de mudança da capital. Ele passou algum tempo em São Paulo, onde tem a maior comunidade de japoneses fora do Japão

Enxerto: hoje estima-se que mais de 2 milhões de japoneses e descendentes, os nikkei, vivam no Brasil. É a maior comunidade nipônica fora do Japão

Eliane: viveu naquela região de Holambra e Orlândia, que atualmente é uma região que é referência em flores no Brasil. Tempo depois ele foi transferido para a região central, aqui para o planalto central e recebeu do JK uma encomenda. JK passou a ele ou algumas terras para que ele provasse para a imprensa nacional internacional para a população que duvidava do potencial dessa região que ele comprovasse que era possível plantar todo tipo de alimento, grãos hortifrutigrangeiros, nesta região, recebeu essa encomenda do JK. Pegou a terra, passou ali um tempo cultivando. Um tempo depois ele chamou o JK para ver o resultado do trabalho dele e para a surpresa do JK o que tinha ali era flores Jardins. Então, chegando até o local, JK se deparou com um enorme jardim florido e disse ao Onoyama que não era bem aquilo que ele havia pedido. Comenta-se que o JK teria dito “Onoyama eu pedi que você comprovasse que o cerrado brasileiro era produtivo em grãos e você me apresenta flores?” Então o Onoyama respondeu que se dá Flores, tudo é possível, tudo nasce. Com o passar do tempo, o onoyama foi envelhecendo e preferiu devolver essas terras ao governo com a condição de que fosse conservado que ele plantou e que ele realizou ali naquela região. E aí alguns anos depois, passado alguns anos, resolveu-se homenagear o Onoyama com o Parque Ecológico Saburo Onoyama. Dando o nome dele que foi um dos defensores da natureza e do cerrado naquela área.

Leyberson: aquela região para quem não conhece, tem uma região de nascente que alimenta alguns córregos e alguns rios. E tem uma importância do parque que tem em Brasília que é um lugar em que se explora muito os terrenos. Águas Claras, por exemplo, era lugar de nascente e de repente tem um monte de prédio. Qual a importância e como é que tem a relação das nascentes com o Parque Saburo Onoyama ou com outros parques ecológicos que você tenha abordado na sua pesquisa?

Eliane: as nascentes são fundamentais para a criação para que fosse definida essa área, né? Como uma área, uma unidade de conservação justamente pela quantidade de nascentes. Na época que eu fiz essa pesquisa eram catalogadas 26 nascentes nessa região, só que o que os funcionários diziam era que tinha muito mais, só que tinha tanto lixo aterrando as nascentes, aterrando o córrego Taguatinga que não era possível saber quantas nascentes tinham um certo ali. Eu acho que isso ao longo desses anos eles vem fazendo um trabalho bacana de limpeza da região. Eu fui há algum tempo lá e percebi uma melhora muito grande em comparação com a época em que fiz esse trabalho, mas ainda está longe do ideal. Ainda está muito longe do que se espera realmente para uma unidade de conservação, mas bem melhor do que na época da pesquisa. Mas as nossas redes são fundamentais, uma das coisas que qualquer pessoa percebe quando chega ali perto é a diferença de temperatura, é a qualidade do ar. Eu hoje moro em Águas Claras, a gente tá convivendo aqui com essa fumaça dos últimos dias que tem prejudicado muito né a respiração, quando você chega numa área nascente, você percebe a diferença do ar, a temperatura é diferente, e isso é só uma das provas do quanto esses lugares do quanto esse local é importante é precioso para nossa vida, precioso para o nosso futuro

Juliana: eu imagino que quando você escolheu pesquisar o parque, o estado dele precário foi um dos motivos para isso. E aí eu queria pedir para você falar um pouco como era naquela época, o que tava mais impactado, e se essa não só a sua monografia, mas mobilização das pessoas, opinião pública é importante para a gente preservar algo que faz parte da nossa história. Você enxerga esse elo também

Eliane: Sim, acho que é fundamental a pressão popular, a cobrança dos moradores é fundamental. Acho que sem isso nada acontece nada muda. Na época da pesquisa, eu li várias reportagens que falavam sobre a situação. Porque quando o parque foi quando teve todo o trabalho do Onoyama de fazer as flores, percebeu-se que aquele local tinha um potencial, mas infelizmente como tudo no Brasil fica parado, né? Tinha se uma mentalidade que eu acho que está mudando aos poucos, mas de que conservar é deixar para ralo, conservar, abandonar, infelizmente é isso, na prática, é um abandonou. E essa área foi ocupada, essa área virou abrigo dos moradores de rua, pressão Imobiliária, foi desmatada, foram contabilizados mais de 20 Poços e cinco fossas abertas nas nascentes aí próximo a nascente do qual é que Taguatinga. De acordo com os jornais da época foram registrados 600 barracos e 2.400 moradores, no que era chamado na época de Invasão Onoyama, considerada uma invasão de risco e uma das mais problemáticas de Taguatinga. Então degradou muito aquela região, eu me lembro de caminhar ali para poder tirar foto no córrego, mas é muito lixo muito assim. Você quase não via água, o córrego tava bem realmente sujo, bem aterrado. E até uma certa insegurança de andar na região. Você ainda via moradores de rua, era comum naquela época.

Leyberson: A gente tá falando de uma relação temporal naquela época, né? Porque você falou que tem 20 anos de pesquisa, não é isso? 20 anos que foi pensado. Antes de 20 anos, quando eu era estudante da Escola Normal de Taguatinga que ele fica ali naquela região, basicamente, o córrego percorre toda essa região, uma das atividades escolares era sair com as crianças e passear pelo córrego. Na minha memória, pode ser uma memória ingênua, aquilo ali era muito limpo e muito agradável assim. Então como eu, os meus pais moram perto dessa região. A sensação que eu tive foi que, naquela época, foi só piorando. Hoje, por exemplo, para quem na Boca da Mata que é uma parte do córrego também vai ficando cada vez pior e mais difícil voltar ao que era não só memória afetiva, mas uma memória que eu acho que tinha um pouco de realidade de fato, era muito mais conservado. Na sua pesquisa, você encontrou alguns caminhos de como solucionar, será que é passando pela escola? Sei lá, não resolve o fato de eu ter passeado. Eu sozinho não consegui manter o parque inteiro, mas você encontrou algumas soluções assim de preservação ou algumas sugestões?

Eliane: ecoturismo é uma das alternativas uma proposta de conservação que, ao mesmo tempo em que ele busca a Conservação os recursos naturais, ele também buscar geração de emprego de renda para a população local, buscar melhorias, não só deixar aquele ambiente parado como se imaginava antigamente que é o que você fazia, né? Deixa parado que a natureza sabe por si só o que fazer. Só que a gente tá falando de uma área que está em pleno sempre Urbano, tem uma pressão, tem esgoto, tem poluição. Tem mercado imobiliário querendo aquele espaço, tem fogo. Enfim, a gente tem que participar, o ser humano, tem que assumir né as rédeas ali e tomar conta realmente daquilo. Então é educação, eu acho que principalmente a educação e conhecimento, eu acredito que o conhecimento é fundamental para se preservar uma área. E claro medidas que caminham aí no sentido do ecoturismo juntando sustentabilidade com fonte de renda, com emprego para as pessoas que vivem no local para que elas tenham interesse em permanecer ali, cuidar daquilo ali e educar. Educar o mais importante, eu acho que a educação

Juliana: vou fazer uma pergunta bem de leiga, mas te escutando falar em ecoturismo a gente tem mania de pensar, vou viajar para chapada, vou viajar para uma cachoeira para um lugar bem distante, para vivenciar a natureza, mas a gente tá falando de um parque que tanto você como Leyberson possuem memórias afetivas da infância a gente pode praticar ecoturismo no nosso bairro. E por que isso seria importante?

Eliane: Sim. O ecoturismo, como eu disse, é muito mais do que turismo na natureza.

Enxerto: Os conceitos de ecoturismo estão próximos a temas como turismo de aventura, turismo de natureza e turismo sustentável. O importante para os empresários e profissionais é atender a uma crescente demanda dos Viajantes que buscam experiências com sustentabilidade, qualidade e segurança

Eliane: ele é uma forma de se lidar com o meio ambiente, pensando não apenas em lazer, mas no Cuidado com aquela natureza não cuidava, principalmente com as pessoas que vivem ali porque são elas que cuidam daquele local, porque são elas que que são futuro daquele local, comunidade que está ali, educar e informar aquelas pessoas que estão ali para que elas continuem cuidando daquele patrimônio. Então assim é possível fazer com o turismo pertinho de casa, em Brasília então gente tem muitos parques, muita área verde muito lugar gostoso aqui que a gente tem que aproveitar, tem que conhecer, tem que cobrar melhorias, tem que cuidar, é possível sim

Leyberson: Agora só pra gente não deixar passar batido, os nomes lá do Saburo Onoyama. Eu falei ela no começo lá, mas eu sei que faz bastante tempo e talvez não faz parte da pesquisa, mas os nomes apareceram lá e se conseguiria explicar porque “Vai quem quer”, por exemplo

Eliane: Tem esse nome e até alguns moradores não gostam. Mas enfim acabou entrando para a história, mas era mais nesse sentido de que era uma área aberta, sem controle. Depois de algum tempo que foi se criar realmente uma estrutura de parque, mas era permitido fazer o que quisesse, as pessoas achavam que era um oba oba. Até que houve a criação efetiva do parque com regras, comportamentos que as pessoas deveriam seguir para proteger aquela área, para preservar aquela área

Enxerto: o parque existe desde 1996, quando a área voltou para o poder público, mas funciona desde muito antes, quando Saburo Onoyama ganhou as terras na de 60 para plantar no cerrado. A piscina foi construída nos anos 80. E, como quem quisesse ir, podia, sem nenhuma burocracia, o local ficou conhecido como Vai quem quer

Eliane: não é só uma área de lazer, é uma unidade de conservação e as pessoas foram tendo que entender isso ao longo do tempo. É preciso cuidar, é preciso proteger, o que não impede de se divertir, que não impede de curtir aquele lugar. Vocês falaram aí no começo do programa sobre piquenique, caminhada. Eu amo piquenique, amo, eu acho que Brasília é um lugar lindíssimo para piquenique, ainda mais nessa época do ano, pôr do sol, as cores do Sol maravilhosas. A gente tem que aproveitar mais isso, aproveitar mais para curtir a natureza, curtir as cidades, curtir esse céu lindo que a gente tem com responsabilidade, com cuidado para que a gente não perca esses locais e cobrar e exigir do Governo na preservação desses locais porque infelizmente uma canetada pode se reverter qualquer coisa. Vejo isso muito aqui em Águas Claras, quando eu vim para cá 10 anos tinha muita promessa de áreas verdes e essas áreas estão sumindo, hoje a gente passa e vê obras, plaquinhas de consultoras. Depende muito da cobrança da comunidade realmente.

Juliana: Já que você retomou o piquenique, eu sei que na sua pesquisa você levantou os atrativos do parque até para fazer um projeto, uma sugestão de como ele poderia ser melhor utilizado e preservado. Quais eram os atrativos que tinham na época se nessa última visita que você fez, eu sei que você não tava pesquisando, tava com seus filhos, se você percebeu alguma coisa nova em termos de atrativos

Eliane. Sim, na época tinha as famosas piscinas, que estão lá que a última vez achei reservado, achei limpinho, achei bem interessante. Os parquinhos foram bem melhorados, realmente. Quando eu fui, me lembro de parquinhos bem mal cuidados, aquela Areia sujinha, a gente não tinha nem coragem de levar a criança para estar ali. Na última vez realmente achei que os parquinhos foram melhorados, eu achei muito bonitinho. Achei o parque bem agradável, tem um balanço enorme lá, coisa mais linda, semelhante a que tem no Jardim Botânico. Enfim os parquinhos, areia de qualidade, grama, vegetação tá mais cuidadinha, gostei, gostei muito. Eu acho que vale muito visitar, vale muito passar um dia lá, a estrutura está bem melhor, bem melhor realmente. Eu aconselho todo mundo que mora por essa região fazer a sacolinha do piquenique, passar um dia gostoso e levar tudo de volta para casa, viu? Até os orgânicos, né? Porque as pessoas acham que você pode levar uma casquinha de banana, uma casquinha de laranja para os bichinhos comerem. Não é bem assim, né? Na verdade. Todo o material leva uns dias aí para se decompor e ninguém vai para o parto para ver a casca de banana no chão

Leyberson: Eu tô com vontade de voltar lá e ver como é que tá tudo agora, né, depois dessa conversa. E ver também se eu cometi alguma coisa como adolescente ficar adolescente é mais teimoso, né? Quando criança tentando salvar ali a natureza e como adolescente querendo utilizar os espaços sei que consequência, né? Então eu quero ver se eu volto lá eu faço um balanço de como foi. Mas eu queria saber de você da pesquisa. Como é que foi esse processo de pesquisa, a receptividade? Você pegou alguma autorização, conversou com alguém específico? Até mesmo se as pessoas falaram “você tá pesquisando? Olha tem essa outra pesquisa”, ou se você sentiu alguma falta de base assim desse levantamento.

Eliane: Olha, essa pesquisa começou conversando com funcionários, ex-funcionários, administrador, ex administrador, mas muito de uma forma como bate-papo, mesmo de uma forma muito oral, porque eu não encontrei material impresso, não encontrei, era muito pouco. Às vezes alguma notícia de jornal, mas realmente publicações sobre parques eu acho que até hoje… Eu dei uma pesquisada também aqui, o que vi hoje é basicamente o que eu vi 20 anos atrás, infelizmente. Assim uma página curtinha só dizendo os atrativos que tem no local telefone um horário e é isso sabe a gente não encontra registo da história. Saburo Onoyama foi uma pesquisa que tive que fazer porque o parque mesmo eu não encontrei nada, uma plaquinha não tinha, foram alguns funcionários que foram dando pistas contando histórias dando pistas. Antigos moradores, que nem sei se estão lá hoje ainda, que foram passando essa história. Talvez seus filhos saibam, talvez não. Talvez os filhos já tenham ido morar em outro lugar. Então isso vai se perdendo. Então esse trabalho para mim foi uma oportunidade de registrar essa história que foi conseguida assim batendo papo mesmo, mesmo batendo perna para tentar

Leyberson: Ju, você me permite só fazer mais um complemento da pergunta? É só porque eu fiquei curioso assim, de forma empírica, até falando de moradores de Taguatinga que tem alguma relação com Taguatinga. A gente tá falando de memória do Distrito Federal, que é muito mais que o plano, mas eu quase não acho notícia do Saburo Onoyama. Mas se de repente a gente pesquisa o Parque Multiuso da Asa Sul, Parque Olhos d’água, eu pelo menos assim, me parece que vão surgir mais informações assim. Sei lá, que Olhos d’água teve uma manifestação, um abraço pela nascente. Você acredita que a questão do entendimento do DF e essa relação Plano Piloto, Brasília versus todos os outros, isso influencia talvez na divulgação ou até no conhecimento de outros espaços ecológicos, ou de ecoturismo?

Eliane: Eu acho que assim. Eu acho que principalmente quando você fala no Plano Piloto, as pessoas têm conhecimento da importância daquele lugar, aqueles locais existem por cobrança da população, então acaba gerando mais notícias, acaba gerando mais atenção do governo. E eu acho que Taguatinga precisa um pouco disso também, da mobilização dos moradores para chamar essa atenção, também para cobrar, isso é fundamental. Acredito que tenha muito dessa relação da cobrança Popular. Então são os olhos do local, muitas vezes os governantes estão ali longe, estão mais para o Plano, né sei se passear conhecer os pais fora do plano piloto. Então é a população quem tem que estar de olhos abertos mesmo e cobrar, eu acho que tem muito disso. Toda melhoria vem do esforço vai dar cobrança da população

Juliana: sobre essa questão de acesso e de certa forma de poderes também, um debate que você faz que eu achei interessante é sobre cobrar ou não cobrar entrada para o parque. Eu queria que você me dissesse quais os prós e contras e atualmente se ele se mantém gratuito ou não.

Eliane: O parque tem entrada gratuita e do meu ponto de vista eu acho que tem que ser assim, que tem que se manter. São tão poucas, os lugares, né de acesso à população, principalmente a população mais carente, teatro hoje é muito caro, cinema é muito caro. Então são poucos os locais de acesso culturais e naturais também, né para a população mais carente. Então eu acho que tem que se manter, sim, o governo tem até responsabilidade, tem que assumir. Agora empresários poderiam ajudar mais, poderiam participar mais ali, os empresários de Taguatinga poderiam se unir mais também para levar mais melhorias para o Parque. Projetos. Isso é muito interessante, quando vocês falaram, por exemplo, do Olhos d’Água, tem projetos, tem gente que vai dar aula, tem aula de yoga, tem exposições. Enfim, isso chama atenção, né? Tanto do governo quanto da população quanto da Imprensa para esses locais e isso também poderia acontecer em Taguatinga, é algo que a gente não vê tanto. Eu tive uma experiência, eu morei um ano na Austrália e é um lugar apaixonante para quem gosta sempre de natureza, é um lugar incrível assim. E uma coisa que me chamou muito a atenção lá é o tanto que o meio ambiente que está ligado à cultura, todos os parques você vê manifestações culturais diariamente. Teatro ao ar livre, cinema ao ar livre, festival de música, tudo aberto, tudo gratuito. Então assim eu acho que isso é uma coisa que a gente ainda deixa muito a desejar, Brasil, principalmente aqui em Brasília e ainda mais nas satélites, falta muito disso assim. É um potencial imenso. Eu acredito que a gente tenha um potencial imenso que, se for olhado com carinho, tem natureza para preservar, tem emprego para gerar, tem dinheiro para empresário que topa fazer um negócio desse ele vai investir, mas ele também vai ter um retorno. Enfim, tem muito que você fazer, muito mesmo.

Leyberson: queria te fazer uma última pergunta. Estava pensando na questão de ter piscina lá, né? Porque a gente tem poucos parques públicos com piscina no DF. Eu só lembrei da Água Mineral e lembra agora do Sabor Onoyama como uma opção viável, uma opção de calor. Enfim, assim como um algo que ofereça algo sem ser privado e específico. Então colocaria a piscina como um símbolo. Você tem outros símbolos, se você pudesse dizer assim “quando eu falo Sabor onoyama em termos de memória ou em termos de destaque”. Quais são os símbolos que tem ali naquele parque que a gente pode destacar?

Eliane: além da piscina, tem um símbolo muito bonito que tem uma história muito bonita. Ali logo na entrada do parque e à esquerda tem um portal que foi construído pelo Saburo Onoyama. É um portal de madeira que representa um corredor, e na cultura japonesa simboliza a passagem do mundo material com o piso de concreto, e vai passando por um mundo espiritual, com o piso ali de terra. Então esse corredor tem um significado de purificação da Alma, ele faz parte de um conjunto também nesse conjunto. Tem três pedras que estão do lado esquerdo também desse Portal, a primeira pedra representa um homem, a do meio o universo e a outra planeta terra. Ou seja, o que ele queria dizer com aquilo? Da harmonia do homem com o seu planeta dentro do universo, essa era a mensagem que ele quis deixar ali para a população, essa mensagem e essa necessidade de harmonia, uma mensagem que eu acho linda. Para mim é um ponto muito bonito do Parque

Juliana: Eliane, você parece bem antenada quando você fala da Austrália, do Olhos d’Água, de coisas que acontecem em outros parques. Na sua monografia, você fala sobre fazer uma campanha de preservação, escolher um ícone que talvez se pudesse até ser esse Portal. Você não chegou a propor essa campanha, acho que tá fora do escopo da sua pesquisa, mas você consegue pensar em exemplos de campanhas que você viu de outros espaços de ecoturismo que seriam referências e inspirações interessantes pra gente olhar para o parque?

Eliane: Ah, eu acho bonita essa cultura do Japão a gente pensar né no Japão em Taguatinga essa ponte né, Japão-Taguatinga esse corredor se liga Japão ao Cerrado. Acho que pode ser uma chave, pode ser um início, né de uma ideia. As piscinas também são um símbolo. Porque realmente a gente só tem a Água Mineral, onde você pode tomar esse banho geladinho, mas eu acho que talvez isso aí, talvez essa ideia entre o Japão e Taguatinga e essa união. O próprio Saburo Onoyama, acho a história dele muito bonita, eu acho que seria um símbolo bonito assim essa união dessa Cultura do Brasil com o Japão, seria um símbolo bacana, seria um símbolo bonito, esse Portal que ele deixou para a gente de herança.

Juliana: só para complementar, uma curiosidade. Você falou muito das Flores, muito do Parque. Atualmente, ainda tem essas flores lá ainda? Como é essa parte mais a vegetação do Parque?

Eliane: Então as flores eu não encontrei, infelizmente não encontrei mais as flores por lá. A gente tem a vegetação do Cerrado mesmo, que estão tentando trazer de volta, até porque veio parar até eucalipto, sempre vem umas espécies de fora, mas as flores infelizmente não. E aí é uma ideia legal, é uma iniciativa bacana, de se criar um jardim Saburo Onoyama. Olha que iniciativa linda que seria né? Uma proposta bacana de se fazer de chamar a atenção da comunidade, da Imprensa. Bem que merecia a criação de um jardim Saburo Onoyama

Juliana: os empresários podiam ajudar, quem tiver ouvindo aí. Ter o seu nome numa plaquinha lá de que ajudou, doou uma espécie, seria bacana.

Eliane: ainda mais em Brasília que a gente vê o Plano Piloto com tantas flores, vamos levar as flores para Taguatinga, espalhar essa ideia.

Leyberson: Você falou lá do portal, falou das piscinas, mas também tem uma Paineira, né?

Enxerto: Na maioria das vezes o nome vulgar de uma árvore é o que as pessoas enxergam como a sua principal característica. No caso da Paineira é a paina, são esses pelinhos aqui que envolvem as sementes. Nos meses de junho a setembro quando o fruto amadurece ele se abre liberando as sementes que saem voando por aí envoltas por essa lãzinha, fica tudo branquinho em volta assim como se estivesse nevando.

Leyberson: essa Paineira que entra aqui uma árvore tombada que eu não sei se ela tá ainda, trilhas para caminhada e quadras de esporte e Parque Infantil. Então queria que você destacasse um pouquinho também aí essa Paineira. Que normalmente assim, já pesquisei especificamente sobre uma Paineira que era uma árvore do Cerrado assim que tem muitas histórias. Saber porque que te chamou a atenção, o que te levou ela e também trazer um pouquinho dessas trilhas, né? São possíveis ainda? O esporte você acabou falando um pouquinho lá da areia que está mais limpa e tudo mais

Eliane: precisamos voltar lá ver como ela tá. Agora as quadras foram realmente revitalizadas quando eu estive lá, realmente achei o espaço bem bonito e utilizável. Espero que tenha se mantido conservado porque esse é outro grande desafio, a população ajudar nessa conservação. Não adianta só o governo vir depois de muita insistência arrumar e tempos depois tudo se deteriorar. Mas da última vez que eu fui, sim, achei bem conservado

Leyberson: Você chegou a olhar as trilhas quanto a visita com seus filhos lá?

Daniela: Sim. Fui mais comportadinha dessa vez fiz umas trilhas delimitadas, porque eu confesso que quando eu fui 20 anos atrás eu me meti no meio do mato, aquela audácia, né da Juventude, levei alguns sustos porque tinha morador de rua, tinham usuário de droga e falei “gente onde eu tomei metendo aqui que eu tô fazendo?” Mas aquela curiosidade até de jornalista recém-formada, que a gente mete as caras e vai. Andei, andei muito no meio do mato também na beira dos córregos. Fui andando sem nem saber onde eu estava. Hoje é algo que eu não recomendo também. Uma recomendação que a gente dá também no ecoturismo é que as pessoas Sigam as indicações, sigam as trilhas permitidas, avisem os funcionários do Parque se você for num lugar mais longe, se você tiver alguma curiosidade, se você quiser, enfim de desbravar/ avise sempre alguém. Pergunte, peça opinião para se embrenhar e pelo Mato porque é muito legal, é muito bonito, mas também pode ser muito perigoso. Tomar muito cuidado com a segurança. Fiz com os meus filhos a trilha mais comportadinha e realmente estava muito bonito, muito agradável, muito gostoso mesmo para andar com as crianças, foi um dia muito agradável

Juliana: e você faz algumas sugestões na sua pesquisa, fala de um centro de visitante que poderia ser criado, fala de formar guias mirins e diz que para tudo isso precisa de um plano de manejo porque a gente tá falando de uma área protegida. Eu queria que você explicasse um pouco essa ideia de plano de manejo e o que teria no centro de visitante. Por que ele seria importante?

Eliane: o centro de visitantes, na verdade, ele é um local para receber, primeiro acolhimento dessa pessoa que chega, desse turista, desse visitante. É onde ele vai receber as primeiras orientações, tanto para a segurança dele quanto para aproveitar melhor aquele espaço, para saber o que tem ali, o que ele pode fazer, para conhecer a história para tirar dúvidas, curiosidades, para ser um ponto de apoio onde ele pode tomar uma água onde ele pode ser repente até se alimentar que ele pode descansar. Enfim, segurança, primeiros socorros. Eu acho fundamental em qualquer área verde, o cuidado, né, que a gente tem que ter com a natureza e com o cidadão. Assim, então o centro de visitantes, eu acho essencial. E é uma coisa que chama muita atenção também nas viagens que fiz. Quando eu falei que passei um tempo na Austrália também. Em qualquer área verde, ambiente aberto para visitação pública, existe um centro de visitantes, existem pessoas preparadas para dar informação, existem pessoas para cuidar do visitante. Então eu acho isso muito importante. Dos guardas Mirins também. E aí vem uma oportunidade muito legal para as escolas, né levar as crianças para espécie de sala de aula viva, dar aula ou ar livre, isso é inesquecível para as crianças. Eu tenho lindas lembranças, eu das memórias de infância, de colégio, eu sempre fico com essas lembranças, essas são as que sempre ficam. E podem se tornar guardas Mirins, as crianças podem passar essas informações, podem, como se fosse um estágio, uma oportunidade, escoteiros, as Crianças gostam disso, elas também se orgulham desse papel de poder participar, é uma forma delas poderem participar e elas têm muito orgulho disso. Quando a gente fala de estudar essa região de plano de manejo é se pensar no uso do local, não é simplesmente abrir um local e pode ir. É pensar todo o lugar, por exemplo, deveria ter um estudo de capacidade de carga, que é um estudo para se conhecer saber o que você pode colocar naquele local, o que você pode fazer com aquele local que não vai impactar negativamente que não vai impactar a natureza, que não vai impactar os animais, porque às vezes é assim a gente acha que é simplesmente levar as pessoas para dentro da área verde e tá tudo certo. Não é, tem espécies de animais que não podem ter contato com humano um determinado horário ou tão em fase de reprodução e naquela fase de reprodução não pode levar o olho não pode ninguém tá perto então se você tem que ter todo um cuidado todo um estudo da fauna, da flora, de todas as espécies que tem ali naquela região para que a gente não destrua nada, para que a gente não acerte aquilo negativamente, para que a gente possa aproveitar todo o potencial que aquele lugar tem. Sem esse estudo a gente perde muito assim. Acho que esse estudo é fundamental, isso precisa a gente precisa isso seja feito assim. Na época em que estive lá e não sei se hoje ainda existe, eu não achei estudos sobre espécies de animais, de pássaros, eram os funcionários que me falavam o que eles viam ali. E a gente nem sabia se tinha mais porque as pessoas estavam lá tantos anos, via, uma vez tal pássaro. Então tem muito o que se fazer, né tanto no parque quanto em acho que todos os parques do DF tem muito para se estudar.

Leyberson: Eu prometi que ia fazer uma última pergunta, mas, na verdade, agora então eu vou fazer uma constatação. Olhando das propostas que você fez. Além do plano de manejo é a questão dos guardas mirim, também tinha antes de tentar aproveitar uma bica que jorrava há mais de 50 anos em 2003. Você foi lá, então ela continuava jorrando em 2003. Se não me engano ela foi canalizada, infelizmente até porque tinha um aproveitamento dessa água e jorrava do lado de fora e era pega pelos caminhões pipa. Ou seja, se tivessem colocado um plano de manejo, um cuidado também turístico com aquela bica, talvez não precisariam ter canalizado ela, mas a constatação maior é sobre o tempo de Brasília, como é relativo. Há 50 anos de 2003, tinha água, jorrando de uma grande quantidade do lado de fora de um parque e aquilo ali era um atrativo certo a forma, mesmo que não fosse um atrativo planejado, era isso. Aí se passam mais 20 anos, , então a gente tem aí pelo menos mais de 70 anos que poderia estar jorrando água e a gente percebe que não é esse o caminho que se tomou, na verdade, se tomou o caminho de oprimir a natureza. Se ela jorrava ali, tinha uma razão e agora eles canalizaram porque ela não pode simplesmente jorrar ali que tinha mau uso, né? Então como você vê, né, uma pergunta, se você tem alguma relação com essa também desde a época que você foi lá até agora que você tenha passado perto?

Eliane: é realmente ela não existe mais e também é uma lembrança da memória de infância, aquela bica ali jorrando uma última quantidade absurda de água, né? Caminhar uma pipa era realmente o tempo inteiro ali, era até preocupante. Ao mesmo tempo que a gente tava “gente, que delícia essa água jorrando” ao mesmo tempo, porque não se aproveita. Ela era desperdiçada, foi desperdiçada por muitos anos aquela água. Podia ter se criado alguma coisa, algum atrativo, um lugar gostoso para a gente curtir, mas preferiram a canalização daquela água

Leyberson: sugestão até para saber o destino da água porque a água não vai sumir, a não ser que seque. Se ela está indo para nascente se é um desvio porque às vezes foi um jeito de preservar porque era curso natural dela era e Córrego, né? Então será que ela não estava indo para o Córrego e o Córrego tava secando? Eu fico com essa questão aí levantada.

Eliane: muitas perguntas para a gente se faz assim mesmo por ali

Juliana: eu vou fazer minha última pergunta, então que entre a sua lista de sugestões uma que me chamou atenção é a maquete do Parque logo na entrada. Para pessoas perdidos como eu seria uma maravilha, mas eu fiquei pensando também que tem um adicional que eu não sei quando essa proposta, você já estava pensando nisso que é acessibilidade, que deficientes visuais elas têm a possibilidade de conhecer o parque também. Faz 20 anos a sua pesquisa, talvez essa temática não estivesse tão em volta, mas você chegou a imaginar outras coisas que poderiam tornar mais acessível o parque para todos?

Eliane: A acessibilidade realmente é um problema, não só do Parque, mas no DF. É impressionante como existem peças soltas. A gente observa às vezes uma calçada tem a rampinha para descer de um lado, mas não tem para subir do outro. Isso é em qualquer lugar, não só nos parques. O parque realmente eu acho que ele não tem essa sensibilidade ainda, infelizmente para cadeira de rodas. Não tem assim, calçada, ainda é bem precária com relação à acessibilidade. A maquete realmente é importante para localização, mapinhas são muito legais, são sugestões muito bacanas, publicações. Maquete é importante para orientar as pessoas para saber onde… Eu também não sou muito orientada não. Eu gosto, gosto muito. Além de não ser muito orientada, jornalista gosta de ler. Adoro pegar um papelzinho, folders e o que seja uma forma virtual, o QR Code ali que você pode simplesmente, até para economizar recursos naturais, dinheiro também. Não custa nada, né? Uma plaquinha com QR code ali com uma informação, você abrir ali uma janelinha para o conhecimento, essa também é outra sugestão que pode ficar aí para melhoria do parque. E outra sugestão é: tem unidades de conservação em que você não pode ter… lá especificamente você pode levar, nos parques ecológicos você pode levar o seu lanche, mas não tem para você comprar. Por outro lado, tem churrasqueiras. Enfim, isso eu já não sou muito a favor de se botar fogo, de se fazer churrasco em um parque, eu acho que não é para não precisaria tanto, mas de certa forma ter pontos de alimentação para as pessoas né? Pudessem ter um pouco mais de qualidade ali naquele tempo que estão lá também, o que a gente vê muito em outros países até São locais adequados, não precisa se fazer nada a nave espacial em um parque, mas se você faz uma lanchonete num estilo mais rústico toda adequada àquele ambiente com flores fica bonito. A gente vê no zoológico Caprichou muito nisso, né? O zoológico de Brasília, as lanchonetes do Zoológico, foi muito bonito esse trabalho que foi feito lá nos últimos anos. É até uma sugestão, né de você poder criar pontos de apoio com alimento adequados dentro que não agridam aquela paisagem aquela natureza. Eu sinto falta disso aqui em Brasília assim. Uma cadeirinha gostosa pra você pra tomar um suquinho, tomar refresco, curtir, eu acho que isso também atrairia mais as pessoas para o parque, né?

Leyberson: Quem sabe como a matemática oriental, já que é Saburo Onoyama

Eliane: olha que ideia bacana.

Juliana: Ah, a gente tá esgotando o tempo, então eu agradeço a participação da Eliane e deixo o microfone aberto para caso você queira acrescentar alguma informação que a gente não perguntou, alguma curiosidade tá aí

Eliane: queria só voltar lá na sabedoria do Onoyama, que ele fala assim, ele disse para o JK que “terra que se dá flores tudo nasce”. Eu acho que a esperança que a gente tem é de que possa nascer nas mentes e nos corações das pessoas da nossa comunidade, dos nossos governantes o amor pela nossa história, pela natureza que nos cerca, que a gente possa ver essa consciência ambiental e esse amor pela natureza e pela vida. Porque é vida, a natureza é nossa vida que a gente possa ver isso nascendo aqui do planalto central, lá no nosso Parque, querido Parque de infância. E que possa ser a infância feliz de muitas outras crianças de muitas orações. Agradeço demais o convite, também aproveito a oportunidade para agradecer e fiquei muito honrada com o convite e muito gostoso poder contribuir um pouquinho aí com a minha pesquisa, agradeço demais. Parabéns pelo projeto de vocês, é muito bonito, é muito interessante

Leyberson: a gente que agradece, Eliane. E também não foi bairrismo ter escolhido Taguatinga para entrar, a gente tá falando Distrito Federal, mas a gente tem essa memória e a gente tem que trazer aqui. Muito bom que você topou participar com a gente e a gente então encerra o episódio das humanas dizendo que a gente tá no YouTube em várias plataformas de podcasts, Spotify, Google podcast e iTunes. E aí é isso gente termina aqui mais uma temporada das humanas e se vocês quiserem enviar sugestões o nosso e-mail é voz@dazumana.com

Juliana: Este projeto é feito com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Governo do Distrito Federal e realização da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal. É isso, até a próxima. Dazumana, a ciência sem jaleco.

00:00 - BLOCO 1: ESCOLHENDO O OBJETO DA PESQUISA
Bonito e abandonado
Proximidade no dia a dia
História de Saburo Onoyama
Se dá flores, tudo mais nasce
Conservação de recursos naturais

14:59 - BLOCO 2: O PARQUE HOJE
Atrativos do parque
Ausência de informações
Cobranças da população
Atividades ao ar livre

22:02 - BLOCO 3: MEMÓRIA E PRESERVAÇÃO
Símbolos e portal
Trilhas do parque
Centro de visitantes
Plano de Manejo
Material educativo

Monografia “Parque ecológico Saburo Onoyama: conhecer para preservar” de Eliane Wirthmann
https://jbb.ibict.br/handle/1/1232

Página “Você conhece a história do Parque Saburo Onoyama?”
https://www.ibram.df.gov.br/voce-conhece-a-historia-do-parque-saburo-onoyama/

Enxerto 1 (comentário): Band Jornalismo - Maior grupo nipônico do mundo fora do Japão está no Brasil | Bora Brasil (https://youtu.be/BqnSesl6bxA)
Enxerto 2 (comentário): Sebrae Mato Grosso do Sul - Sebrae Mato Grosso do Sul (https://youtu.be/kWe2IhtxbvU )
Enxerto 3 (comentário): TV Brasil - DF l Parque Onoyama reabre para o público (https://youtu.be/UwUjQ4r2n08)
Enxerto 4 (comentário): Um Pé de Quê? - Paineira (https://youtu.be/b8URt2XjkEU)

Entrevistada: Eliane Wirthmann
Pesquisa e locução: Leyberson Pedrosa e Juliana Mendes
Gestão e Produção executiva: Carolina Villalobos
Montagem: Gabriella Braz
Edição de som: Ricardo Ponte
Música tema: Ricardo Ponte
Tema do lattes: The Angels Weep de Audionautix
Design gráfico: Bárbara Monteiro
Ilustração: Juliana Mendes
Transcrição: Gabriella Braz
Janela de Libras: Brenda Kroslowsk
Redes sociais: Zizi Villalobos
Assessoria de Imprensa: Rafael Ferraz
Site: Marcelo Nogueira